Analista: erro da OTAN no céu estoniano pode ser transformado em 'culpa da Rússia'

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Um caça espanhol disparou acidentalmente um míssil em uma área temporariamente segregada, perto da cidade de Pangodi, enquanto estava numa missão da OTAN na Estônia. Seguindo a recomendação de Tallinn, a Força Aérea estoniana lançou uma operação de rastreamento de mísseis, garantindo sua segurança.

O analista político Stanislav Byshok comentou o fato no ar do serviço russo da Rádio Sputnik.

O chefe do comitê para política informativa do Conselho da Federação da Rússia, Aleksey Pushkov, comentou em sua página no Twitter a respeito do disparo acidental do míssil na Estônia, disparado por um caça Eurofighter da Força Aérea espanhola. "Se nas cercanias da cidade de X, na Estônia, cair e explodir um míssil disparado acidentalmente por um avião militar, então, a partir deste momento Tallinn deve saber de onde partem os mísseis", comentou Pushkov.

O senador ainda adicionou que a Estônia deve notar que isso não envolve aviões russos, mas sim da OTAN.

Na terça-feira (7), um caça Eurofighter da Força Aérea espanhola, que participava da missão da OTAN na Estônia, durante um voo de treinamento disparou acidentalmente um míssil ar-ar.

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As Forças Armadas estonianas asseguram que o míssil AIM-120 AMRAAN disparado possui um sistema de autodestruição integrado, mas ao mesmo tempo não é descartada a hipótese de o sistema ter falhado e o míssil tenha caído no solo a aproximadamente 40 km de Tartu.

O Ministério da Defesa espanhol iniciou investigações sobre o incidente. Madri informa que o míssil não atingiu outros aviões. Os voos de caças espanhóis foram suspensos no espaço aéreo estoniano.

No ar do serviço russo da Rádio Sputnik, o analista político Stanislav Byshok, da Organização Internacional de Monitoramento CIS-EMO, explicou o motivo de não ter ocorrido um escândalo.

"Isto se explica de forma bastante simples. A Rússia foi nomeada como inimigo histórico, enquanto a OTAN, do ponto de vista do discurso oficial estoniano, é uma força que garante a independência do país e evita a agressão por parte da Rússia."

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Respectivamente, entende-se que se os aliados cometem tais erros, isso é desculpável, pois eles são aliados. Mas, caso um erro semelhante tivesse sido cometido pela Rússia, isso seria apresentado como um indício de agressão. O escândalo só pode ser atribuído ao fato de o homem, digamos, ter cometido um erro, mas no caso dele ele cometeu o erro por estar nervoso, por em torno haver russos que "atacam", então ele não aguentou e acidentalmente premiu o botão. Assim, já há o suficiente para montar um esquema muito bom, segundo o qual até disso a "Rússia é a culpada", afirmou Stanislav Byshok.

Aviões de caça das forças aéreas espanhola e portuguesa participam da missão da OTAN de manutenção da segurança do espaço aéreo dos Países Bálticos. Eles estão estacionados na base de Zokniai da Força Aérea da Lituânia. Os Países Bálticos não têm aviões capazes de efetuar patrulhamento aéreo, por isso, desde abril de 2004 (após sua entrada na OTAN), a segurança do espaço aéreo é realizada rotativamente por aviões de países da Aliança do Atlântico Norte, os quais estão baseados no aeródromo de Zokniai, na Lituânia, a 5 km de Siauliai. A base aérea de Amari tornou-se, desde 2014, uma base adicional para os aviões da OTAN. Na Cúpula da OTAN realizada em Chicago, em 2012, a missão foi prolongada por um prazo indefinido.

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