"Devemos considerar o espaço como um teatro de operações militares em desenvolvimento. A criação de um comando operacional é evidentemente uma das opções", declarou o chefe do Pentágono à emissora ABC News.
Segundo Mattis, o departamento apoia plenamente essa iniciativa e está trabalhando na implementação da ideia. Ele observou que o espaço é "um campo de batalha tal como a terra, o ar e o mar".
A vulnerabilidade dos objetos espaciais norte-americanos foi previamente apontada pelo diretor da NASA, Jim Bridenstine. Segundo ele, a perda do sinal de GPS ameaça "paralisar a atividade vital" dos EUA.
Atualmente há seis comandos geográficos na estrutura das Forças Armadas dos EUA (Africano, Europeu, Pacífico, Norte, Sul e Central) e quatro funcionais (Estratégico, de Transportes, Cibernético e Comando de Operações Especiais).
Perigo da corrida armamentista
A Câmara dos Representantes do Congresso dos EUA aprovou em julho um projeto de orçamento de defesa que prevê o financiamento da criação de um escalão de meios espaciais para intercepção de mísseis balísticos.
Os líderes dos países do BRICS também expressaram, na declaração de Joanesburgo, sua séria preocupação com a possibilidade desse desenvolvimento. Os líderes dos cinco países apelaram para que não se transformasse o espaço em uma arena para confronto militar e enfatizaram que impedir a instalação de armas no espaço "ajudará a evitar um enorme perigo para a paz e segurança internacional".
Até o momento, nenhum país possui armas no espaço, apesar de, segundo os acordos internacionais, a proibição nesse sentido se referir apenas a armas de destruição em massa.