Zakharova respondeu às acusações dos EUA sobre "envolvimento russo" no caso Salisbury, salientando que a Rússia liquidou completamente o seu arsenal de armas químicas, ao contrário dos EUA.
"A parte russa reiterou inúmeras vezes que o diálogo com posicionamento de força e idioma de ultimatos é inútil e sem perspectiva. A parte russa se dedicará à elaboração de medidas recíprocas a mais um passo inamistoso de Washington. Neste respeito, parece simplesmente estranha a confirmação da administração norte-americana quanto à prontidão, no entanto, continuar se esforçando para melhorar as relações com a Rússia. Sabem, é uma espécie de hipocrisia descarada", continuou.
No que diz respeito ao caso Skripal, Maria Zakharova destaca que não passa de uma desculpa dos Estados Unidos para justificar desejo de introduzir novas sanções contra a Rússia.
"Infelizmente, mais uma vez é preciso voltar ao tema da introdução de sanções por Washington contra a Federação da Rússia. Ontem, o Departamento de Estado dos EUA anunciou uma nova porção de restrições. Desta vez, a desculpa inventada escolhida corresponde ao envenenamento dos Skripal", ressaltou Zakharova.
Por isso, opina ela, os EUA conscientemente optam pelo agravamento das relações, que devido aos esforços de Washington, são praticamente reduzidas a zero.
Na quarta-feira (8), a administração estadunidense anunciou novas sanções contra a Rússia, justificando-as pelo alegado uso de armas químicas de Moscou em um shopping em Salisbury. Tudo indica que o primeiro pacote de sanções implica tanto proibição total de exportações à Rússia de uma série de artigos como outras restrições, e se a Rússia não garantir que evitará usar armas químicas no futuro, poderá ser aplicado outro pacote de sanções que inclui, entre outros, proibição de quaisquer importações do país sob sanções, incluindo o petróleo e produtos petrolíferos.