Analista: EUA deixam conflito palestino-israelense à mercê do destino

© AFP 2023 / MAHMUD HAMSManifestantes palestinos atiram pedras contra as forças israelenses durante uma manifestação na fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza, a leste da cidade de Gaza em 27 de julho de 2018
Manifestantes palestinos atiram pedras contra as forças israelenses durante uma manifestação na fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza, a leste da cidade de Gaza em 27 de julho de 2018 - Sputnik Brasil
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A Força Aérea de Israel atacou mais de 100 alvos militares na Faixa de Gaza. Comentando a situação ao serviço russo da Rádio Sputnik, o especialista em problemas dos países do Oriente Médio, Stanislav Tarasov, observou que forças terceiras se afastaram da resolução do conflito.

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A aviação israelense atacou mais de 140 "alvos militares estratégicos" na Faixa de Gaza em resposta aos ataques de mísseis de militantes palestinos, declarou a assessoria de imprensa do Exército israelense.

De acordo com os militares israelenses, como resultado de três ataques maciços, quartéis-generais, túneis, campos de treinamento, arsenais e instalações de produção, que são usados pelo movimento Hamas no enclave, foram destruídos.

"Os ataques estão sendo lançados como resposta aos mísseis disparados da Faixa de Gaza sobre o território israelense de madrugada", diz o relatório do Exército de Israel.

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A partir da noite de quarta-feira (8), as Forças Armadas israelenses contaram uns 150 lançamentos de mísseis vindos da Faixa de Gaza — 25 dos quais foram interceptados pelo sistema antimíssil Domo de Ferro. O maior dano foi causado pelo primeiro disparo à cidade fronteiriça de Sderot, onde um míssil atingiu uma casa e pelo menos dois israelenses ficaram feridos. As sirenes continuaram soando a noite toda, alertando a população das áreas fronteiriças sobre o novo bombardeio do enclave.

Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o cientista político Stanislav Tarasov comentou a situação.

"O conflito se agrava, ele está entrando em uma fase tensa. Todos os esforços de patrocínio dos americanos para negociar não obtiveram sucesso. Moscou não está ativamente envolvida — está mais preocupada com a resolução síria. E embora os membros do Conselho de Segurança da ONU não estejam ativamente engajados na questão palestina, esta sempre sangrará. Além disso, os americanos deixaram este problema à mercê do destino quando reconheceram Jerusalém como a capital de Israel", ressaltou Tarasov.

"Agora, Israel e Palestina estão resolvendo a relação deles. O Egito está observando os eventos, tentando mediar a solução do problema, mas ele não está fazendo isso agora. Os chamados ‘amigos árabes' do povo palestino estão ocupados com o Irã. Daí todos os problemas", afirmou o politólogo.

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A última rodada de tensões começou na segunda-feira (6), quando um tanque israelense matou dois ativistas do Hamas. De acordo com os militares, franco-atiradores realizaram disparos da fronteira. O Hamas afirmou que eles estavam treinando e prometeu vingar as mortes.

A troca de ataques complica ainda mais o trabalho para alcançar um acordo de paz duradouro, que é mediado pelo Egito e pela ONU. Segundo relatos da mídia, na semana passada foi apresentado um documento preliminar a ambos os lados do conflito, que pressupõe primeiramente a cessação de ataques palestinos em troca do enfraquecimento do bloqueio da Faixa de Gaza.

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