O ônibus transportava crianças no mercado de Dahyan no norte de Saada, quando foi atacado na manhã de quinta-feira (9).
"Depois de um ataque [um hospital apoiado pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha] recebeu dezenas de mortos e feridos", confirmou a Cruz Vermelha, acrescentando que "de acordo com o direito internacional humanitário, os civis devem ser protegidos durante um conflito".
Following an attack this morning on a bus driving children in Dahyan Market, northern Sa’ada, @ICRC_yemen- supported hospital has received dozens of dead and wounded. Under international humanitarian law, civilians must be protected during conflict. pic.twitter.com/x39NVB8G4p
— ICRC Yemen (@ICRC_ye) 9 de agosto de 2018
"Muitos mortos, ainda mais feridos, a maioria com idades menores de 10 anos", disse Johannes Bruwer, chefe do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR) no Iêmen, acrescentando que a organização está "enviando suprimentos adicionais para os hospitais para lidar com o fluxo".
Os líderes tribais iemenitas acusaram a coalizão liderada pela Arábia Saudita de ter realizado o ataque aéreo que atingiu o ônibus, dizendo que o ataque matou pelo menos 20 pessoas e resultou em mais de 35 feridos. O ônibus estava transportando civis, inclusive muitas crianças em idade escolar. No entanto, não está claro quantas das vítimas eram passageiros do ônibus e quantos eram pedestres.
Al Masirah, uma emissora de TV dirigida pelos houthis, informou um número diferente de baixas: 39 mortos e 51 feridos. A disparidade entre o número de vítimas é comum após ataques em larga escala.
A rede também culpou pelo ataque as forças da coalizão liderada pela Arábia Saudita, que está lutando contra os rebeldes xiitas, e alegou que o ônibus foi atingido durante um ataque aéreo. Não houve comentários imediatos da coalizão.
A Arábia Saudita e seus aliados sunitas lutam no Iêmen há mais de três anos contra os rebeldes xiitas. Os rebeldes controlam uma região significativa do norte do Iêmen, incluindo a capital do país, Sanaa, que também foi alvo de ataques aéreos na quinta-feira (9).