As novas restrições antirrussas, segundo o autor do artigo, vão "criar barreiras" entre os EUA e a Europa, desestabilizando o mercado energético e financeiro. As empresas norte-americanas serão obrigadas a abandonar a Rússia e deixar seu espaço para os concorrentes da China e Europa.
Segundo Sawaya, considerando que alguns dos campos petrolíferos estão sendo explorados e utilizados pelas empresas russas e seus parceiros chineses, as empresas petrolíferas dos EUA "irão para o banco de reserva". As sanções afetarão até mesmo projetos importantes apoiados pelos EUA como a construção do gasoduto Trans-Adriático, que poderá ajudar a salvar a Europa da dominação energética russa, já que uma empresa russa é sua acionista minoritária.
As consequências serão sentidas em todos os setores: as empresas norte-americanas não poderão transportar cargas nas ferrovias russas, a Boeing deixará de cooperar com as companhias aéreas russas e a companhia norte-americana de telecomunicações AT&T não poderá usar cabos telefônicos russos.
Na semana passada, um grupo de senadores norte-americanos apresentou ao Senado um projeto de lei com um conjunto de medidas antirrussas, incluindo novas sanções contra a dívida estatal e renomados bancos estatais russos. O documento denominado lei de Proteção da Segurança Norte-americana contra Agressão do Kremlin foi elaborado pelos senadores Lindsey Graham, Robert Menendez, Cory Gardner, Ben Cardin, Jeanne Shaheen e John McCain, cujas restrições afetam "setores-chave da economia russa, incluindo os setores financeiro, energético, de defesa, e também a indústria metalúrgica e extração mineral".