"No que se refere à não aprovação do último ato divulgado pelo Departamento de Estado norte-americano, creio que aqueles que conhecem ao menos um pouco o caso Skripal percebem todo o absurdo da afirmação apresentada no documento oficial do departamento, referindo que os EUA teriam estabelecido que foi precisamente a Rússia a culpada do incidente em Salisbury", afirmou o chanceler, respondendo a perguntas de jornalistas.
O chanceler assinalou que, conforme as declarações de Washington, em três meses após a introdução do primeiro pacote de sanções antirrussas, a Rússia deveria apresentar uma garantia de que mudaria sua postura e concordaria com visitas de inspetores internacionais às fábricas químicas russas.
"No âmbito da OPAQ, já há três anos que recebemos a confirmação, baseada em todas as inspeções possíveis, de que o processo de desarmamento químico na Federação da Rússia tinha sido completado. Em um prazo similar, os EUA deveriam ter feito o mesmo. Mas pediram para adiar até o início dos anos 20. Sendo assim, seria melhor apontar que onde existem problemas com o desarmamento químico é nos EUA", frisou.
A parte britânica insistiu que o envenenamento foi um atentado contra a vida do ex-espião perpetrado por agentes russos. No entanto, a Rússia nega qualquer participação desse ato.
No dia 8 de agosto, os EUA, que apoiaram o Reino Unido, anunciaram novas sanções contra a Rússia devido ao alegado uso pelo país de uma arma química em Salisbury.