O destróier Carney, equipado com o sistema de defesa antimíssil Aegis, entrou no mar Negro no domingo (12) para garantir segurança marítima e melhorar as capacidades de interagir com os aliados e parceiros na região.
Vale ressaltar que Carney entrou no mar Negro em janeiro deste ano para participar de exercícios conjuntos com a Marinha ucraniana.
O analista militar, Viktor Litovkin, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, comentou a situação.
"A entrada de qualquer navio norte-americano com mísseis de cruzeiro Tomahawk a bordo [o sistema Aegis supõe que o navio pode ser equipado com os Tomahawk — mísseis de cruzeiro de longo alcance] sem dúvidas causa tensões. Esses mísseis de cruzeiro podem ser apontados para nossas bases de Tropas Estratégicas de Mísseis na parte europeia da Rússia. Claro que para nós isso representa certa ameaça. Mas estou seguro que a Frota do Mar Negro da Rússia, ou seja, as tropas que são posicionadas na Crimeia, está vigiando atenciosamente o deslocamento dos navios norte-americanos e não vai permitir que nenhum cenário desfavorável seja concretizado contra nosso país", explicou Viktor Litovkin.
Destróieres de mísseis guiados da classe Arleigh Burke são os maiores navios de superfície e, graças às capacidades de combate da defesa antimíssil Aegis, capazes de cumprir tarefas em condições altamente ameaçadoras e, ao mesmo tempo, de garantir defesa antiaérea, antinavio e antissubmarino.