Em 13 de agosto de 1946, os EUA criaram a comissão federal para estudos das condições de vida dos indígenas. Os americanos ainda estão discutindo a questão sobre se devem considerar os índios como vítimas de genocídio.
Stannard afirma que "Hitler é um filhote em comparação com 'os conquistadores da América'". Nas escolas estadunidenses não é ensinado que foram massacrados 95 dos 114 milhões de habitantes indígenas dos atuais territórios dos Estados Unidos e Canadá como resultado de um holocausto também conhecido como a "guerra dos quinhentos anos".
Além de que essa chacina, conduzida por colonos britânicos e norte-americanos, foi sempre aumentando e era intencional.
O colunista da Sputnik, Vladimir Bychkov, citou o tema do desenvolvimento russo da Sibéria e do Extremo Oriente, diferenciando-o da realidade americana. Como é sabido, muitos povos indígenas da Sibéria e do norte da Rússia não possuem uma enzima que decompõe o álcool no organismo, por isso se embriagavam e morriam. Devido a isso, foi emitida uma ordem do governo proibindo a venda de álcool para ao leste e ao norte do lago Baikal.
Nota-se que os alemães nos países bálticos não conseguiam conviver e organizar um diálogo normal com a população local, tal como as autoridades britânicas e colonos também não conseguiram construir uma relação aceitável com os índios. Mantinham apenas uma "política de força, apenas fogo e espada".
Em 1825, as autoridades americanas adotaram a Doutrina da Descoberta. Ou seja, o direito à propriedade da terra é concedido ao colono que "a descobriu". Já os índios desses territórios, os verdadeiros donos da terra, só poderiam habitar nela, sendo privados do direito de propriedade. Em 1830, foi adotada uma lei sobre o reassentamento dos índios, e em 1867 a lei das reservas.
Além disso, a esterilização em massa de mulheres indígenas em idade reprodutiva também foi usada ativamente.
Tudo isso se assemelha às políticas raciais da Alemanha nazista, onde a nível legislativo foi se inferiorizando gradualmente os que não eram de "raça ariana", transformando-os em pessoas de "segunda classe" e assassinando-os em campos de concentração e em fornos a gás.
A propósito, sobre os campos de concentração, o escritor e historiador norte-americano John Toland escreveu no seu livro "Adolf Hitler": "O conceito de Hitler dos campos de concentração se deve muito a seu estudo da língua inglesa e da história dos Estados Unidos. Ele admirava os campos […] para índios no Velho Oeste, e muitas vezes elogiava, perante o círculo mais chegado, a eficácia do extermínio da população indígena da América."
No entanto, até as conclusões de Rummel são criticadas, porque os historiadores "ortodoxos" americanos e a opinião pública completamente democrática, por um lado, não negam que os europeus e colonos trouxeram a morte, repressão e sofrimento à população indígena da América, mas, por outro lado, contestam teimosamente que isso foi genocídio.