Os políticos de direita se indignaram com a abundância de bandeiras palestinas nas mãos dos manifestantes que estavam protestando contra a lei, segundo a qual apenas os judeus têm o direito de autodeterminação no país e despromove o árabe como uma das línguas oficiais. A medida foi justificada como necessária para defender o país frente à Palestina e para garantir a autodeterminação judaica.
"Ontem recebemos evidências claras do desafio à existência do Estado de Israel e da necessidade da lei sobre o povo judeu. Nós vimos bandeiras da Organização para a Libertação da Palestina no coração de Tel Aviv. No coração de Tel Aviv! Ouvimos os lemas em árabe: 'Limparemos a Palestina com sangue e fogo'", destacou Netanyahu durante uma reunião do governo.
"Muitos dos manifestantes querem acabar com a Lei do Retorno, querem substituir a nossa bandeira, fazer Israel desaparecer como um Estado nacional do povo judeu e torná-lo, conforme vários oradores, um Estado palestino-israelense, ou um 'Estado de todos os cidadãos', segundo outros oradores", assim Netanyahu descreveu os acontecimentos na praça em Tel Aviv.
"Agora ficou mais claro que a lei do 'Estado-nação' é necessária. É necessário para garantir o futuro de Israel como um Estado nacional do povo judeu. Aprovamos essa lei e vamos mantê-la", ressaltou.
Os críticos da nova lei, que além da minoria árabe inclui partidos judeus opositores da ala esquerda, veem a nova legislação como uma ameaça de racismo e descriminação, como a ruptura das tradições democráticas.