Segundo explica o autor do artigo, Lori Keesey, a ideia consiste em criar robôs planetários que façam o mesmo que fazem os biólogos em laboratórios da Terra: estudar amostras através de um microscópio e identificar visualmente a vida microbiana nelas.
Melissa Floyd, cientista do Centro de Voos Especiais Goddard da NASA e responsável pelo projeto, contou que vida existe até mesmo nas regiões da Terra onde os humanos não conseguem sobreviver. Assim, não seria errado pensar que a vida também poderia existir em Marte.
"E se a vida tiver evoluído em Marte da mesma maneira que fez aqui na Terra? Certamente, Marte foi bombardeado pela mesma sopa de elementos químicos que a Terra", explicou a especialista.
De fato, moléculas que formam o DNA e RNA para guardar e transferir informação genética a nível celular de todos os organismos vivos da Terra também foram encontradas em cometas.
A cientista acredita que o futuro dispositivo poderá ser deslocado como um robô independente ou como vários instrumentos sobre um veículo explorador (rover).
Para realizar os testes, o aparelho utilizará a técnica de hibridização fluorescente in situ, conhecida como FISH (na sigla em inglês), aplicada para detectar a presença ou ausência de DNA ou RNA.