Na era dos conflitos localizados, sem linhas de frente definidas, com jihadistas circulando em veículos equipados com armas antitanque e artefatos explosivos improvisados, a ideia de grandes exércitos de tanques enfrentando vastas frentes se tornou uma coisa do passado, escreve a Sputnik Internacional.
A tática chamada de "carrocel de tanques" permite disparar por um tempo ilimitado. Podem ser três, seis, nove ou mais máquinas. Elas se movem ininterruptamente em movimentos circulares, uma disparando contra o inimigo, outra recuando e recarregando, uma terceira se preparando para entrar em posição de fogo, sem parar de atirar, resultando em fogo non-stop," explicou o capitão Roman Schegolev ao jornalista Andrei Stanavov da agência de notícias Rossiya Segodnya.
Já o chamado "aterro", alterna disparos entre duas trincheiras, sem ficar na mesma posição por mais de poucos segundos, sendo que um tanque entra na trincheira, dispara, vai para o lado oposto e se move para o próximo, fazendo com que as armas inimigas antitanque não tenham tempo para reagir. Após cada tiro, os tanques se escondem atrás do aterro. Devido ao fato de que as máquinas estão em constante movimento, é quase impossível atingi-las. Para enganar os observadores inimigos, o comandante escolhe aleatoriamente um espaço no aterro para o próximo disparo — isso cria a falsa impressão de que há mais tanques do que na realidade.
Segundo Schegolev, a tática "carrocel" é possível devido ao tanque T-72 possuir um sistema de auto carregamento, o que é uma vantagem sobre o M-1 Abrams, de carregamento manual. Além disso, o princípio mais importante é ter uma tripulação que faça toda a diferença.