Novas Descobertas no Acre de geoglifos, que são desenhos geométricos de grandes proporções localizadas no solo e que configuram vestígios arqueológicos, confirmam cada vez mais que existiu uma população milenar na Amazônia de cerca de 2.500 anos atrás, antes da chegada dos europeus na região.
De acordo com os estudos da pesquisadora, as novas descobertas reforçam a ideia de que havia uma habitação significativa em áreas florestais no período anterior à chegada dos colonizadores.
"Por exemplo, quando eu estudei na escola, e acredito que é como todos estudam, a Amazônia é vista como um lugar não muito habitado antes dos colonizadores, e esses geoglifos estão demonstrando que havia uma grande população que vivia aqui, e que a Amazônia naquela época era muito importante", afirmou a especialista.
Segundo a arqueóloga, "essas descobertas, por exemplo, esses sítios arqueológicos até então só eram encontrados em áreas em que não havia floresta, em áreas particulares. A partir do ano passado, a nossa equipe encontrou geoglifos dentro da floresta e dentro da reserva extrativista Chico Mendes", acrescentou.
Segundo a arqueóloga, esses geoglifos no Acre eram locais cerimoniais de povos indígenas que habitaram essa região antes da chegada de europeus.
"A hipótese hoje mais aceita pelos pesquisadores é que seriam centros cerimoniais, lugares de rituais. Porque se você imaginar o esforço físico pra construir aquilo lá, dependendo da quantidade de pessoas, a quantidade de horas pra fazer aquilo, você imagina o que seria importante naquela época", explica.