A agência estima a parte da dívida russa detida por norte-americanos em 719 bilhões de rublos (R$ 41,8 bilhões), de acordo com comunicado obtido pela Sputnik.
Em julho deste ano, um novo projeto de lei foi introduzido por senadores americanos para bloquear transações em dólares de bancos russos e operações de cidadãos americanos com a dívida pública russa.
Na semana passada, a Câmara Americana de Comércio (AmCham) na Rússia afirmou que banqueiros dos EUA não recebem muito bem as possíveis sanções de Washington contra a dívida pública russa, pois as novas restrições, caso sejam impostas, podem prejudicar os interesses norte-americanos.
Entretanto, o Ministério das Finanças russo comentou anteriormente que a demanda de investidores domésticos seria bastante na efetivação do programa de financiamento federal sem investimentos estrangeiros, caso EUA impunham sanções contra a dívida pública russa.
O financiamento interno russo corresponde a 1,044 trilhão de rublos (R$ 60,8 bilhões) em 2018. Além dos bancos russos, fundos de pensões estão aumentando investimentos em títulos públicos federais em contraste com a política do Banco da Rússia, que minimiza os riscos de investimento de pensões.
O aumento do medo de investidores internacionais por causa da guerra comercial e a recuperação leve do apetite dos investidores por riscos correspondem às tendências principais de julho, segundo o Banco da Rússia, resultando na saída de capital das economias de mercados emergentes em comparação com junho, que por sua vez estabilizou a dinâmica do mercado de capitais russo.