Bolsonaro iniciou o diálogo ao perguntar se as mulheres deveriam ter direito a portar armas de fogo. Marina retrucou dizendo que não concordava com a posse de armas e levantou o assunto da diferença salarial entre homens e mulheres.
"Só uma pessoa que não sabe o que é uma mulher ganhar um salário menor que o homem, ter as mesmas capacidades, as mesmas competências, e ser a 1ª a ser demitida, a última a ser promovida, e quando busca emprego, pelo simples fato de ser mulher, não é aceita", disse a candidata da Rede.
"Temos aqui uma evangélica que defende o plebiscito para o aborto e a maconha. E agora quer defender a mulher. Você não sabe o que é uma mulher que tem o filho jogado no mundo das drogas", disse Bolsonaro sobre as acusações.
Marina, com o dedo em riste, disse: "Você acha que pode resolver tudo no grito. Nós somos mães, nós educamos nossos filhos". Ela ainda perguntou: "Você sabe o que a Bíblia diz sobre ensinar as crianças?" e encerrou sua participação dizendo que nos regimes democráticos, o "Estado é laico".
Pelas regras do debate, Bolsonaro não teria tempo para rebater, mas afirmou no microfone que Marina deveria ler o "livro de Paulo".
Segundo o IBGE, as mulheres trabalham, em média, 3 horas por semana a mais do que os homens, combinando trabalhos remunerados, tarefas domésticos e cuidados de pessoas. Apesar desta situação, elas recebem apenas, em média, 76,5% do rendimento dos homens.