A rede social declarou, conforme a agência de notícias Associated Press, que não finalizou a análise do material removido. O Facebook também se recusou a detalhar como funcionava a tal rede, limitando-se a informar que notificou os governos do Reino Unido e dos Estados Unidos, além do Departamento de Tesouro dos EUA em virtude das sanções em curso contra o Irã.
"Há muita coisa que ainda não sabemos", afirmou o CEO Mark Zuckerberg em uma teleconferência, conforme citado pela AP.
A ação coordenada teria sido descoberta após quatro investigações, três contra o Irã e uma contra a Rússia.
A remoção afetou grupos como o "Liberty Front Press", seguido por 155 mil contas e administrador de dezenas de perfis no Instagram e Facebook. De acordo com a rede social, que alega ter chegado ao Irã por meio de logs de sites, endereços IP e contas de administrador, o grupo seria ligado à mídia estatal iraniana. As primeiras contas foram criadas em 2013 e publicaram conteúdo político sobre o Oriente Médio, o Reino Unido e os EUA, embora o foco no Ocidente tenha aumentado desde o ano passado, disse o Facebook.
Já no caso das acusações contra a Rússia, o Facebook disse ter derrubado um grupo que tentou influenciar as eleições na Síria e Ucrânia. Ele seria operado por agentes de inteligência militar, segundo a rede social.
"Eles estão associados ao Centro de Mídia Inside Syria, que o Atlantic Council e outras organizações identificaram como [responsável por] espalhar secretamente conteúdo pró-russo e pró-Assad. Até agora, não encontramos atividade dessas contas segmentadas para os EUA", diz a rede social.
"Estamos trabalhando em estreita colaboração com a polícia dos EUA nesta investigação", disse o Facebook em um post na sua Sala de Imprensa.