Campanha falida: Lockheed Martin recebe imagens sangrentas ao invés de 'fotos incríveis'

© AP Photo / Yong Teck LimVisitante de um show aéreo em Singapura tirando selfie atrás de um caça F-35B da empresa norte-americana Lockheed Martin
Visitante de um show aéreo em Singapura tirando selfie atrás de um caça F-35B da empresa norte-americana Lockheed Martin - Sputnik Brasil
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A empresa norte-americana Lockheed Martin, empreiteira do Departamento de Defesa e maior fabricante de armas do mundo, enfrentou uma chuva de críticas na semana passa depois de ter publicado um tweet por ocasião do Dia Internacional da Fotografia.

No tweet publicitário, que já foi apagado, a empresa pediu para que seus seguidores compartilhassem "uma foto incrível" de um de seus produtos. 

​Contudo, vários internautas aproveitaram a publicação para expressar críticas contra a empresa por sua bomba letal MK 82, supostamente utilizada no ataque da coalizão liderada pela Arábia Saudita contra um ônibus escolar no Iêmen que matou 51 pessoas, entre elas 40 menores de idade.  

​"Estimada @LockheedMartin, você pediu para pessoas tweetarem 'fotos incríveis de um de seus produtos'. Aqui está: este é um fragmento da SUA bomba, uma MK 82 guiada a laser, que a Arábia Saudita usou para matar 40 crianças no Iêmen na semana passada", denunciou Donatella Rovera, assessora da Amnistia Internacional.

​"Este [produto] em particular foi feito pela @LockheedMartin e vendido à Arábia Saudita para suportar seus inesgotáveis esforços de trazer paz e estabilidade ao Oriente Médio", ironizou outro usuário que retweetou uma foto de mochilas com vestígios de sangue, pertencentes às crianças falecidas no ataque.

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"Publicaria fotos do Iêmen, mas violaria os termos de uso do Twitter", "Sangue em suas mãos: Lockheed Martin", escreveram outros usuários. 

No dia 9 de agosto, um ônibus que transportava crianças no norte do Iêmen foi atacado pela coalizão encabeçado pela Arábia Saudita na cidade de Dahyan. A bomba usada em massacre era uma MK 82 guiada a laser de 277 kg, fabricada pela Lockheed Martin e vendida à Arábia Saudita no âmbito de um acordo de defesa de quase US$ 110 bilhões (R$ 436 bilhões), segundo revelou a emissora CNN citando especialistas em armamento. 

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