No tweet publicitário, que já foi apagado, a empresa pediu para que seus seguidores compartilhassem "uma foto incrível" de um de seus produtos.
Instead of "amazing photos," @lockheedmartin received images of the violence their bombs have caused in Yemen. https://t.co/LWdOgjUWIO via @HuffPostBiz
— Erica Fein (@enfein) 20 de agosto de 2018
Contudo, vários internautas aproveitaram a publicação para expressar críticas contra a empresa por sua bomba letal MK 82, supostamente utilizada no ataque da coalizão liderada pela Arábia Saudita contra um ônibus escolar no Iêmen que matou 51 pessoas, entre elas 40 menores de idade.
Dear @LockheedMartin, you asked people to tweet "amazing photos of one of our products" (https://t.co/ni5dTEzG6N). Here it is: This is a fragment of YOUR bomb, a laser-guided MK 82, which #SaudiArabia used to kill 40 #Children in #Yemen last week https://t.co/8kmhPCyava pic.twitter.com/uFj3oxsO44
— Donatella Rovera (@DRovera) 18 de agosto de 2018
"Estimada @LockheedMartin, você pediu para pessoas tweetarem 'fotos incríveis de um de seus produtos'. Aqui está: este é um fragmento da SUA bomba, uma MK 82 guiada a laser, que a Arábia Saudita usou para matar 40 crianças no Iêmen na semana passada", denunciou Donatella Rovera, assessora da Amnistia Internacional.
This one in particular was made by @LockheedMartin and sold to #SaudiArabia to support their tireless efforts to bring peace and stability to the ME. https://t.co/RCgywkNHTe
— Sina Azodi (@Azodiac83) 18 de agosto de 2018
"Este [produto] em particular foi feito pela @LockheedMartin e vendido à Arábia Saudita para suportar seus inesgotáveis esforços de trazer paz e estabilidade ao Oriente Médio", ironizou outro usuário que retweetou uma foto de mochilas com vestígios de sangue, pertencentes às crianças falecidas no ataque.
No dia 9 de agosto, um ônibus que transportava crianças no norte do Iêmen foi atacado pela coalizão encabeçado pela Arábia Saudita na cidade de Dahyan. A bomba usada em massacre era uma MK 82 guiada a laser de 277 kg, fabricada pela Lockheed Martin e vendida à Arábia Saudita no âmbito de um acordo de defesa de quase US$ 110 bilhões (R$ 436 bilhões), segundo revelou a emissora CNN citando especialistas em armamento.