A pesquisa constata: a idade do eleitorado mudou. Hoje há mais pessoas acima de 60 anos (18,5 %). Os eleitores entre 16 e 24 anos são somente 15,6%.
No entanto, segundo David Fleischer, que também é professor emérito da Universidade de Brasília (UnB), ainda é cedo para dizer se essa mudança trará alterações no perfil ideológico.
Um outro aspecto destacado pelo estudo é o aumento da participação feminina nas eleições, que passou de 51%, em 2014, para 53% em 2018. Esse fato, no entando, não deve refletir muito no resultado das eleições, afirmou o entrevistado pela Sputnik Brasil.
"Infelizmente para as mulheres, mulher não vota em mulher. Se mulher votasse em mulher, nós teríamos metade da Câmara dos Deputados e do Senado de mulheres. Infelizmente a tendência é de mulher votar em homem".
"O Brasil tem uma sociedade muito machista", explicou o especialista, que também apontou para um problema de estrutura política.
"Nós temos menos candidatas mulheres. Não temos um sistema de cotas, como na Argentina, com lista fechada. Infelizmente o nosso sistema eleitoral é proporcional, com lista aberta. Então a tendência de 98% do eleitorado é o voto nominal, votar em um nome. Segundo a lei, os partidos precisam ter pelo menos 30% de mulheres nas listas. Muitas vezes, no entanto, muitos nomes são colocados só para constar".
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