"Eu sei, os EUA estão ouvindo. Tenho certeza de que é a CIA, que também vai me matar", disse Duterte na cidade filipina de Cebu na terça-feira (21), remoçando os temores de que Washington possa encomendar sua morte diante de sua política externa independente e sua disposição de obter armas de outros fornecedores globais.
Ele também relembrou um pequeno incidente, em que enviou acidentalmente uma mensagem confidencial a todos os seus contatos do Viber após clicar no botão "enviar tudo".
Duterte já há muito tempo tem medo de que a CIA possa estar em busca de vingança em meio à deterioração dos laços bilaterais com Washington. Na sexta-feira passada (17), o líder mais uma vez notou que a CIA "me queria morto".
A recusa de Washington de vender fuzis de assalto a Manila, devido a preocupações com o histórico de direitos humanos do país em meio à guerra contra as drogas, forçou o presidente filipino a buscar novos fornecedores. Manila, que há muito depende dos EUA para armas, recorreu à China e à Rússia para preencher a lacuna.
Na terça-feira (21), o líder mais uma vez defendeu sua decisão de buscar novos fornecedores de armas, depois que o subsecretário da Defesa dos EUA para Assuntos de Segurança da Ásia e do Pacífico, Randall Schriver, pediu a Manila que pensasse "com muito cuidado" sobre as consequências da aquisição de armas russas. "Você não está apenas comprando capacidade, está investindo em um relacionamento", observou Schriver no início deste mês.