O projeto 38 North disse que imagens de satélite comerciais da Estação de Lançamento de Satélites Sohae, tomadas em 16 de agosto, indicaram "nenhuma atividade significativa de desmantelamento" no estande de teste do motor ou na rampa de lançamento desde 3 de agosto.
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse no mês passado que os relatos de que a Coreia do Norte começou a desmantelar instalações em Sohae foram consistentes com o compromisso assumido pelo líder norte-coreano Kim Jong-un em Singapura em 12 de junho.
O relatório do 38 North disse que progressos significativos na derrubada do estande de testes foram feitos de julho a início de agosto, mas acrescentou: "Os componentes removidos anteriormente permanecem empilhados no chão".
O grupo informou que o trabalho para derrubar um prédio de processamento e transferência montado em trilhos na plataforma de lançamento também parece ter parado, e não ficou claro se o trabalho que havia acontecido foi associado ao desmantelamento ou modificação da estrutura.
Não houve comentários imediatos da Casa Branca. O relatório do 38 North chega em um momento de dúvidas generalizadas sobre a disposição da Coreia do Norte de aceitar as exigências dos EUA para que ele abandone suas armas nucleares.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) disse em um relatório na segunda-feira que não encontrou nenhuma indicação de que a Coreia do Norte tenha interrompido suas atividades nucleares.
Em Singapura, Kim concordou, em termos gerais, em trabalhar para a desnuclearização da península coreana, mas não deu sinais de estar disposto a abandonar seu arsenal unilateralmente.
Trump ainda acredita em Kim
Em entrevista à Agência Reuters na segunda-feira, Trump defendeu seus esforços para convencer Pyongyang a desistir de suas armas nucleares, dizendo acreditar que a Coreia do Norte tenha dado passos específicos em direção à desnuclearização. Ele disse que "provavelmente" se encontraria novamente com Kim.
No entanto, vários membros da equipe negociadora dos EUA disseram não ter visto nenhum progresso em direção à desnuclearização e nenhum sinal de que a Coreia do Norte estivesse preparada para negociar seriamente até que os Estados Unidos prometessem alívio das sanções em troca.
Na semana passada, a mídia estatal da Coreia do Norte culpou a falta de progresso nas negociações desde a cúpula dos membros da equipe de negociação dos EUA e disse que a quebra do impasse exigiria "uma decisão ousada da parte do presidente Trump".
Em comentário no jornal local Rodong Sinmun, no sábado, Pyongyang disse que os que se opõem ao diálogo tentam atrapalhar as negociações fazendo referências infundadas a "instalações nucleares secretas" na Coreia do Norte.
Autoridades norte-americanas tentam persuadir a Coreia do Norte a declarar a extensão de seus programas de armas, algo que Pyongyang sempre se recusou a fazer nas rodadas anteriores de negociações.
O conselheiro de segurança nacional de Trump, John Bolton, disse neste mês que Pyongyang não tomou as medidas necessárias para desnuclearizar, enquanto a embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, disse que Washington "não está disposto a esperar por muito tempo".
Bolton disse que Trump, em uma carta para Kim, havia proposto enviar Pompeo de volta à Coreia do Norte para a quarta visita dele neste ano e que o presidente estava pronto para se encontrar com Kim novamente a qualquer momento.