Ryabkov afirmou que Moscou não agirá em detrimento de seus próprios interesses.
"Nenhumas ideias da categoria do contingenciamento de suprimentos de motores de foguete para o programa espacial americano ou de titânio para aviação, que é produzido em conjunto com a empresa Boeing, ou outros itens em nossas exportações para os EUA, devem ser consideradas como opção. Porque isso seria o mesmo que um tiro no pé", disse o vice-chanceler.
Foi assim que comentou sobre a possibilidade de uma resposta de Moscou quanto aos planos dos EUA de introduzir sanções por causa do "caso Skripal".
Sanções americanas
Washington introduziu contra Moscou uma grande quantidade de restrições alegando diferentes razões.
No dia 8 de agosto, a administração dos EUA anunciou novas medidas devido ao "caso Skripal". O primeiro pacote de sanções entrou em vigor no dia anterior e limitou as entregas à Rússia de produtos de duplo uso.
A Casa Branca então informou que continuaria introduzindo sanções contra a Rússia, caso "Moscou não mudasse seu comportamento".
Fornecimentos de RD-180 aos EUA
Em 1997, Moscou e Washington fecharam um contrato bilionário para fornecer 101 motores RD-180.
Dois anos atrás, o Congresso impôs a proibição de seu uso após 2019, mas depois a aboliu: ficou claro que os EUA não criariam seus próprios motores durante os próximos três anos. Logo em seguida, o consórcio ULA encomendou 20 unidades RD-180 adicionais à empresa russa Energomash, a pedido do Pentágono.
Além do RD-180, a Rússia fornece para os EUA motores RD-181. Eles são desenvolvidos e fabricados pela Energomash no âmbito do contrato celebrado em dezembro de 2014 com a companhia Orbital ATK e destinam-se à instalação em veículos lançadores Antares.