Durante anos, as observações do satélite natural da Terra mostraram alguns sinais de água, mas esses sinais também poderiam ser explicados por outros fenômenos, como solo o reflexivo do corpo celeste. Agora, no entanto, as evidências apresentadas por uma equipe de cientistas, liderados por Shuai Li, da Universidade do Havaí, e da Brown University, confirmaram os depósitos de gelo no fundo das crateras lunares nos polos norte e sul da Lua. Este não é um gelo cristalino, mas lamacento, misturado com muita poeira lunar e escondido em crateras onde a luz solar direta não consegue chegar. Li disse à AFP que, ao contrário dos sinais anteriores, esta é uma resposta final e definitiva para a questão de saber se existe água na Lua.
É impossível confirmar a quantidade exata de gelo presente. Cientistas sugeriram que a melhor maneira de aprender mais sobre o depósito seria enviar um robô para coletar amostras.
O comunicado da NASA também confirmou que há gelo suficiente para afirmar que "a água poderia ser acessada como um recurso para futuras expedições para explorar e até permanecer na Lua", um aceno para possíveis colônias lunares.
A agência espacial norte-americana pretende voltar a explorar a Lua nos próximos anos, incluindo o envio de astronautas à superfície do satélite pela primeira vez desde a última missão da Apollo nos anos 70. A futura exploração ajudará a determinar quanto gelo há na Lua, se o gelo é adequado para possíveis colônias lunares e se o gelo está ocorrendo naturalmente ou chegou com cometas ou asteróides. A resposta para a última pergunta pode fornecer mais informações sobre a história do satélite da Terra — e sobre a própria Terra.