Segundo fontes anônimas da agência Bloomberg, durante o encontro em Genebra na quarta-feira (23) Bolton disse ao secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev, que os EUA estão prontos a responder com uma força militar ainda maior da que usou contra o governo de Assad no passado.
Durante o encontro, Bolton e Patrushev abordaram os assuntos-chave da agenda internacional, incluindo a Síria e o Irã, assim como o tema do controle de armas nucleares.
Anteriormente, Bolton afirmou que os EUA têm conhecimento dos "planos do regime sírio de reiniciar ações ofensivas na província de Idlib" e que Washington está disposto a dar "uma resposta firme" caso Damasco use armas químicas.
No início de abril de 2018, vários grupos armados de oposição e ONG relacionadas responsabilizaram o governo da Síria por um suposto ataque químico contra a cidade de Duma, em Ghouta Oriental.
A pedido de Damasco e Moscou, que desmentiram o alegado ataque químico, a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) decidiu enviar um grupo de especialistas para realizar uma investigação no lugar.
Porém, sem esperar pela investigação, os EUA, França e Reino Unido lançaram em 14 de abril um ataque contra o que chamaram de "locais relacionados" com um suposto programa secreto sírio de armas químicas, acusando Damasco de usar substâncias perigosas contra civis.
Hoje (25), o Ministério da Defesa da Rússia declarou que terroristas da organização Tahrir al-Sham estão preparando uma provocação com armas químicas para depois acusar Damasco. Assim, haverá um pretexto para EUA, Reino Unido e França efetuarem um ataque contra infraestruturas governamentais na Síria, segundo a entidade russa.