A Argentina está presenciando um aumento de pacientes com câncer de boca devido ao vírus do papiloma humano (HPV) transmitido através de relações sexuais desprotegidas. É mais fácil se infectar com este vírus através do sexo do que fumando ou bebendo álcool.
Vale destacar que esse vírus — responsável por mais de 70% dos casos de câncer de cabeça e pescoço — afeta mais os países da América Latina do que os da América do Norte ou da Europa.
Este vírus pode infectar boca e garganta e causar diferentes tipos de câncer de orofaringe, que é a parte posterior da garganta como a base da língua e amígdalas. Sintomas desses tumores correspondem ao aumento de qualquer estrutura da boca, como a língua ou gengivas, dor, sangramento, úlceras que levam mais do que 15 dias para curar ou manchas brancas, vermelhas ou amarronzadas sobre a mucosa.
44% dessas condições ocorrem na boca, 33% na laringe e os restantes 23% na faringe, segundo diz o artigo publicado no Clarín. A maioria desses tumores pode ser detectada durante uma simples consulta odontológica, o que facilitaria um diagnóstico preliminar.
O câncer de boca é, junto com o melanoma, um dos cânceres visíveis piores devido ao atraso no diagnóstico. No entanto, atualmente está sendo detectado em etapas iniciais, o que aumenta significativamente a possibilidade de seu controle, segundo o jornal argentino.
As lesões orais sem tratamento geralmente avançam rapidamente. Uma vez diagnosticadas, as alternativas de tratamento incluem cirurgia, radioterapia, quimioterapia e medicações específicas.