De acordo com a entidade militar russa que cita suas fontes anônimas, na Síria estaria sendo preparada uma provocação com o envolvimento de terroristas treinados por uma empresa militar privada britânica e vestidos de Capacetes Brancos, após o que Damasco poderia ser novamente acusado de ter usado armas químicas, enquanto os EUA, o Reino Unido e a França usariam isso como um pretexto para atacar estruturas governamentais sírias.
Na opinião do cientista político, o crescimento da tensão em torno da Síria se encaixa na estratégia de Washington quanto à questão síria, cujo objetivo é retirar os líderes sírios encabeçados por Bashar Assad do poder, por eles serem aliados do Irã que, por sua vez, é rival de Israel, parceiro estratégico dos EUA na região.
"É verdade que a situação da Síria e em torno da Síria está se agudizando, e a principal razão é que esta agudização tem a ver com as ações dos EUA… Custava a imaginar que os EUA ficassem tranquilamente a observar como decorria a libertação do território sírio dos terroristas pelo exército governamental sírio. Por isso, essa situação é de fato bastante lógica a julgar pela política dos EUA na Síria", afirmou Dolgov.
O especialista sublinha que a realização de negociações para resolver o atual aumento da tensão é pouco provável, pois Washington não está interessado nelas.
"Negociar sobre quê? Sobre não efetuar ataques contra a Síria? Isto já se sabe, mas os EUA não vão negociar sobre se devem atacar ou não devem. As negociações em Genebra, ou seja, a sua continuação, são possíveis, mas as negociações precisamente sobre a agudização da situação simplesmente não se encaixam na lógica dos acontecimentos", frisou.