Consultados pelo jornal, pesquisadores disseram que as amostras são necessárias para desenvolver vacinas e tratamentos contra o vírus que apareceu pela primeira vez em 2013 infectando pessoas e animais.
"Comprometer o acesso dos EUA aos agentes patogênicos externos e seus tratamentos para combatê-los prejudica a capacidade de nossa nação de se proteger de infecções que podem se espalhar globalmente em questão de dias", disse o médico Michael Callahan do centro universitário de Harvard, em Massachusetts (EUA).
Entre 2016 e 2017, a China experimentou um surto de infecção humana com o H7N9, resultando em um total de 766 casos registrados. Após este recente surto, epidemiologistas dos EUA mostraram interesse em estudar a evolução do vírus, mas encontraram obstáculos no caminho.
"Como esse vírus é uma ameaça potencial à humanidade, não compartilhá-lo imediatamente com a rede global de laboratórios da OMS, como os centros de controle e prevenção de desastres, é ultrajante", disse Andrew Weber, ex-subsecretário de Defesa da administração do governo Obama, onde supervisionou as questões nucleares, químicas e biológicas.
Inicialmente as autoridades chinesas forneceram dados sobre o vírus mortal, mas a comunicação entre os analistas foi se piorando com o tempo. Pequim rejeita o compartilhamento de informações sobre pacientes afetados pela gripe aviária, enquanto a mídia que denunciou o caso não apresentou nenhum fundamento para a atitude chinesa.