Em entrevista à Rádio Jornal, o chefe de Estado brasileiro, que, ontem, decretou o emprego das Forças Armadas para a Garantia da Lei e da Ordem em Roraima, disse que, atualmente, estão entrando cerca de 700 pessoas por dia no estado. A ideia seria reduzir esse fluxo diário para 100 ou 200 imigrantes, já que, segundo ele, o atual volume está criando uma série de problemas de organização e vacinação para as autoridades locais.
Já oferecemos atendimento médico e assistência social. O governo já promove também o processo de interiorização para minimizar os impactos do desastre humanitário causado pelo governo da Venezuela. pic.twitter.com/3a3KeVjXLI
— Michel Temer (@MichelTemer) 28 de agosto de 2018
De acordo com Temer, a onda migratória em Roraima é resultado das péssimas condições de vida a que está submetido o povo venezuelano, e "é exatamente isso que cria essa trágica situação que hoje afeta quase toda a América do Sul". Ele lembrou que, há um ano ou um ano e meio, a sua administração ofereceu assistência humanitária ao país vizinho para lidar com a profunda crise, mas Caracas recusou a ajuda de Brasília, e, agora, "os venezuelanos vêm para cá".
"É inadmissível o que está acontecendo lá. Isso está colocando em desarmonia o próprio continente sul-americano. Eu tenho falado com o presidente do Peru, presidente da Colômbia, presidente do Equador, e eles têm milhares de refugiados também lá. Então, é preciso modificar aquele clima da Venezuela", disse ele.
Vamos buscar apoio na comunidade internacional para adoção de medidas diplomáticas firmes que solucionem esse problema, que não é mais de política interna de um país, mas avançou pela fronteira de vários países e ameaça a harmonia de todo nosso continente.
— Michel Temer (@MichelTemer) 28 de agosto de 2018