Ao comentar as suas atividades após deixar a presidência, Temer disse que "está na hora de uma relativa aposentadoria" e que pretende escrever livros.
"Pretendo sair, dar meus pareceres na área jurídica. Quero escrever alguns livros técnicos e também romances; já escrevi quatro livros, e quero ter muita tranquilidade. Mas não deixarei de acompanhar a vida pública nacional. Um ex-presidente é muito procurado; pode contribuir com o país", completou.
Ao ser perguntado se pretendia escrever sobre as intempéries e os escândalos do seu período na presidência do país, Temer disse que terá um livro sobre casos em que esteve envolvido, adiantando que foi "vítima de detratores".
"Teremos um livro. Vou relatar os muitos equívocos e falsidades. Fui vítima de uns detratores, muitos deles condenados, outros desmoralizados, e eu quero contar a verdade de tudo isso. Aliás, a verdade tem aparecido pouco a pouco. [Apareceram] vários fatos reveladores do que eu falei lá no início sobre um procurador da República, hoje denunciado, sobre o grampeador que já foi preso e agora condenado por ofender a minha honra", disse Temer, referindo-se ao ex-procurador Marcello Miller e ao empresário Joesley Batista, respectivamente, sem citá-los nominalmente.
"Quero colocar a limpo essas coisas todas e deixar esse registro na história recente", completou.