Anteriormente, Marcos Peña, chefe do gabinete do presidente Mauricio Macri, foi forçado a negar que o Governo enfrentava um desastre econômico.
"Não estamos enfrentando o fracasso econômico", disse Peña. "Isso é uma transformação, não um fracasso. Em transformações, há momentos difíceis."
O peso abriu o dia com uma queda de quase 4% em relação ao dólar estadunidense — apesar do apoio fornecido pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) a Buenos Aires.
O apoio do FMI, no entanto, não conseguiu reforçar a moeda, que perdeu mais de 45% de seu valor em relação ao dólar desde o início do ano.
Falando no Conselho das Américas, Peña atribuiu a volatilidade do mercado à história recente da Argentina.
"Somos o país que mais vezes violou seus contratos internacionais, que mentiu e trapaceou o resto do tempo, e mostrou várias vezes — até o momento — que não está disposto a buscar equilíbrio fiscal e depender de seus próprios recursos", disse ele.
Peña insistiu que o caminho tomado por Macri desde que assumiu a presidência em dezembro de 2015 é de "equilíbrio fiscal, desenvolvimento e crescimento".
A atual turbulência cambial foi atribuída à "vulnerabilidades estruturais" após uma seca massiva que afetou a produção agrícola, o principal gerador de moeda estrangeira, e uma "mudança no contexto financeiro e comercial do mundo, principalmente devido às tensões entre os Estados Unidos e China", disse Peña.
"Não há soluções mágicas, você tem que buscar a verdade."
"Na semana passada, tivemos novas expressões de falta de confiança nos mercados, especialmente sobre nossa capacidade de obter financiamento para 2019", reconheceu Macri.
Ele disse que o FMI forneceria "todos os fundos necessários para garantir o cumprimento do programa financeiro no ano que vem".
Em troca do apoio do FMI, o governo se comprometeu a reduzir seu déficit orçamentário para 2,7% este ano.