Poucos sabem que pessoas afortunadas conseguem receber sinais diretamente da Coreia do Norte. É difícil, levando em consideração que Pyongyang não tem tanto poder como, por exemplo, transmissores chineses, e algumas transmissões, às vezes, são abertamente bloqueadas.
Heyburn disse ao jornal Daily Mail que "como e-mails são dificilmente monitorados na Coreia do Norte, eu decidi usar papel e caneta". O irlandês ficou ansioso, pois não sabia se sua carta endereçada à Coreia do Norte seria aceita pelo correio. "A funcionária do correio nem olhou duas vezes, ela só disse ‘não vemos com frequência cartas endereçadas para Pyongyang' e isso foi tudo."
Mesmo tendo conseguido enviar a correspondência, o irlandês entendia as chances de nunca receber resposta do país mais fechado do mundo. Mas, para sua surpresa, a resposta foi melhor do que esperava: um envelope cheio de presentes, contendo jornais e revistas norte-coreanos, um livro sobre Kim Jong-il e até o horário de programas para transmissões inglesas. Além disso, conforme a tradição, no pacote tinha um código QSL, que é geralmente enviado em reconhecimento de contato de rádio pela estação de radiodifusão.
"Em uma manhã eu estava sentado na minha escada atando meus sapatos quando este grande envelope marrom caiu na nossa porta com um carimbo dizendo Pyongyang", detalhou Heyburn a repórteres. "Eu literalmente estava com um grande sorriso no meu rosto dizendo ‘ele realmente chegou, uau!'. Eu o abri o mais cuidadosamente possível para preservar o grande envelope, mas, ao mesmo tempo, estava realmente ansioso para abri-lo".
De acordo com Daily Mail, este irlandês recebeu mais rapidamente resposta norte-coreana do que muitos diplomatas e líderes mundiais sobre questões urgentes, que muitas vezes nem recebem um "Oi" da Coreia do Norte.