O pedido da embaixada russa em Washington foi direcionado aos EUA para que parem de defender "seus protegidos no mar de Azov", informa-se na declaração da missão diplomática.
A porta-voz do Departamento de Estado americano, Heather Nauert, anteriormente anunciou que "os EUA condenam o assédio da Rússia à navegação internacional no mar de Azov e no estreito de Kerch". Ela também salientou que "Moscou deteve desde abril centenas de navios mercantes e impediu ao menos 16 embarcações de chegar aos portos ucranianos".
Diplomatas russos criticaram Washington por fechar os olhos à "pirataria" ucraniana no referido mar, onde sua guarda costeira deteve a embarcação russa Nord e mantém detido desde 12 de agosto o navio-cisterna Mekhanik Pogodin com tripulação a bordo.
Durante entrevista à rádio, Shvytkin comentou a situação dizendo que "os Estados Unidos devem deixar de ser o polícia mundial e de promover ucranianos que violam o direito internacional e desestabilizam a situação".
"Os EUA dizem que estão interessados em garantir a estabilidade, mas, ao mesmo tempo, suas ações sugerem o contrário. Eles encorajam as ações desestabilizadoras das autoridades ucranianas, que chegaram ao poder depois do golpe, e isso é inaceitável. Portanto, pedimos às autoridades dos EUA que parem com essas ações e assumam uma posição construtiva."
Shvytkin complementa ressaltando que a Rússia não permanece sem resposta, pois ela hoje é um Estado poderoso com Forças Armadas potentes, além de um povo patriótico.
"Espero que os EUA reajam positivamente, embora haja sérias dúvidas nesta parte. Mas não podemos ficar à margem dessas ações ilegais por parte das autoridades ucranianas que incentivam os Estados Unidos. Esperamos que a razão prevaleça", enunciou.
Enquanto o Serviço de Guarda Fronteiriço da Crimeia observa que a inspeção de navios estrangeiros é realizada em plena conformidade com o direito internacional marítimo.