Lula cumpre pena por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em Curitiba, desde abril. Ainda assim, o Partido dos Trabalhadores (PT), defendendo a inocência do ex-chefe de Estado, decidiu registrá-lo como candidato no último dia 15, desencadeando fortes reações entre os opositores.
Mesmo preso, Lula continua liderando as pesquisas de intenção de voto no primeiro e no segundo turno.
O relator do caso, o ministro Luís Roberto Barroso, votou pela pela não autorização da campanha de Lula. Ele afirmou que o PT deve substituir Lula dentro de 10 dias e também determinou que o ex-presidente não poderá ser parte de atos de campanha e ser incluído no horário eleitoral.
Já Edson Fachin votou pela presença de Lula na corrida eleitoral deste ano. O ministro utilizou a decisão da ONU sobre o ex-presidente para fundamentar seu voto.
Os ministros Jorge Mussi, Og Fernandes e Admar Gonzaga votaram pela não admissibilidade da presença de Lula nas eleições.
Ainda restam dois votos, mas o placar não pode mais ser revertido.
Com a impossibilidade legal de Lula concorrer, o cenário mais provável é que o PT escolha o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad para assumir a chapa presidencial. Manuela D'Ávila (PCdoB) deverá ser a vice de Haddad.