Os exercícios no Mediterrâneo envolverão 26 navios de guerra e submarinos, além de 34 aeronaves de combate, disse o comandante-em-chefe da Marinha russa, almirante Vladimir Korolev, sob a liderança do qual decorrerão as manobras.
Sabe-se que nos exercícios participarão as frotas do Norte, do Báltico e do Mar Negro, a Flotilha do Mar Cáspio e as aviações de Longo Alcance, de Transporte Militar e Naval.
Segundo o almirante Vladimir Korolev, no âmbito dos exercícios serão realizados voos de bombardeiros estratégicos Tu-160, aviões antissubmarino Tu-142 e Il-38, bem como de caças Su-33 e Su-30SM da aviação naval.
Na entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o analista militar Boris Rozhin expressou a opinião de que os exercícios conseguirão resolver várias questões de uma vez.
"Os exercícios são destinados a reforçar a boa interação das forças e meios militares russos no Mediterrâneo. Isso é também uma espécie de mensagem para os nossos parceiros ocidentais de que a Rússia está ciente dos eventos preparatórios de um ataque contra a Síria, que está sendo preparado após a operação sob ‘bandeira' falsa em Idlib, de que tanto o Ministério das Relações Exteriores como o Ministério da Defesa já avisaram por mais de uma vez. A Rússia está mostrando que esses planos não serão deixados sem atenção", disse Rozhin.
Assim, Rozhin conclui que "há várias tarefas que podem ser resolvidas na Síria graças a esses exercícios: isso pode ser tanto a proteção como também o apoio ao exército sírio".
O território da província de Idlib hoje praticamente não está controlado pelas forças governamentais da Síria. Segundo afirmam Moscou e Damasco, lá estão os militantes da oposição armada, bem como terroristas duma série de agrupamentos que periodicamente lançam ataques contra posições das tropas sírias.