"Israel apoia a ação dos EUA", disse um representante do gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Para o oficial, "consolidar o estatuto de refugiado dos palestinos é um dos problemas que perpetua o conflito".
A administração do presidente norte-americano Donald Trump decidiu cortar cerca de US$ 300 milhões de ajuda à UNRWA, que serve mais de 5 milhões de refugiados palestinos.
Washington disse que rejeita o critério pelo qual UNRWA define refugiados da Palestina e disse que vai procurar outros canais para financiar os palestinos.
A agência considera como tal os que foram expulsos e aqueles que tiveram que fugir de suas casas e terras na Palestina em 1948, após a proclamação do Estado de Israel.
Liga Árabe faz alerta
O secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit, afirmou também no sábado que a decisão dos EUA para acabar com ajuda para a agência de refugiados palestino da ONU irá agravar a situação dos requerentes de asilo nos Estados árabes palestinos.
"Os efeitos negativos não só vão ser experimentados por refugiados, mas por Estados árabes que os recebem no seu território", explicou Aboul Gheit.
De acordo com o secretário-geral, o fluxo de refugiados aumentou devido ao conflito sírio ao longo dos últimos anos, e os Estados árabes lutam para acomodar todos os que chegam.
"A decisão dos EUA agrava ainda mais os problemas do Oriente Médio e não contribui para a estabilidade na região", acrescentou o oficial.