Os EUA têm pressionado o Paquistão a reprimir os paraísos de militantes no país e anunciaram o congelamento da ajuda no início do ano que, segundo uma autoridade, poderia valer quase US$ 2 bilhões.
O Departamento de Defesa dos EUA tentou cortar a ajuda em US$ 300 milhões "devido à falta de ações paquistanesas decisivas em apoio à Estratégia do Sul da Ásia", disse o tenente-coronel Kone Faulkner em um e-mail à Agência AFP.
"Continuamos a pressionar o Paquistão a atacar indiscriminadamente todos os grupos terroristas", comentou Faulkner, acrescentando que o último pedido de corte de ajuda estava pendente de aprovação do Congresso.
O anúncio foi feito dias antes de o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, visitar Islamabad para se encontrar com o novo primeiro-ministro Imran Khan.
O Paquistão tem travado campanhas ferozes contra grupos militantes locais e diz que perdeu milhares de vidas e gastou bilhões de dólares em sua longa guerra contra o extremismo.
Mas autoridades dos EUA acusam Islamabad de ignorar ou mesmo colaborar com grupos que atacam o Afeganistão de portos seguros ao longo da fronteira entre os dois países.
A Casa Branca acredita que a agência de Inteligência Inter-Serviços do Paquistão e outros órgãos militares há muito ajudaram a financiar e armar o Talibã por razões ideológicas, mas também para conter a crescente influência indiana no Afeganistão.
Também acredita-se que uma repressão paquistanesa poderia ser crucial para decidir o resultado da longa guerra no Afeganistão.