Dezesseis grupos políticos no Iraque, incluindo o do clérigo xiita Muqtada Al-Sadr e do primeiro-ministro Haider al-Abadi, chegaram a um acordo neste domingo para formar a maioria no parlamento iraquiano.
Este acordo, alcançado pouco antes da primeira sessão do parlamento iraquiano na segunda-feira, dá a Al-Sadr o direito exclusivo de formar um governo.
O primeiro-ministro Haider Al-Abadi, supostamente apoiado pelo Ocidente, também faz parte da coalizão. Al-Abadi está supostamente interessado em estender sua posição para um segundo mandato, mas como ele não é mais o único candidato da aliança, é incerto se ele será bem-sucedido.
Al-Sadr, que se posiciona como um nacionalista e um combatente contra a influência dos EUA e do Irã no país, planeja, segundo relatos, criar blocos parlamentares de modo a romper o ciclo de corrupção e de conflito que tem atormentado a política iraquiana.
Enquanto o primeiro bloco seria responsável pela formação de uma administração e de um governo, o outro agiria como oposição e supervisionaria o desempenho do governo. Ambos os blocos devem incluir partidos xiitas, sunitas e curdos.
"Não vamos repetir o cenário anterior e não vamos permitir que nenhuma força participe do governo e da oposição ao mesmo tempo", disse uma fonte proxima ao clérigo à Arab News.
O novo governo enfrentará a tarefa de reconstruir o Iraque depois de três anos de guerra contra os terroristas do Daesh. A votação ocorreu em maio, mas um processo de recontagem atrasou os resultados por três meses.