Combater chapado: Pentágono decide criar 'supersoldados'

© AP Photo / Mindaugas KulbisMilitares das Forças Armadas dos EUA
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O Pentágono está financiando a criação de "supersoldados" invulneráveis que não vão precisar de comer ou dormir e não vão sentir dor. Mas onde esses militares vão combater?

Isto não é ficção: para criar um soldado universal os EUA planejam desenvolver medicamentos que ampliarão as fronteiras das capacidades humanas até ao máximo. O Comando de Operações Especiais do Pentágono já destinou 15 milhões de dólares (R$ 61 milhões) a esse projeto.

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Os EUA querem aumentar a capacidade de resistência às condições ambientais extremas dos soldados, bem como encontrar meios para os militantes precisarem de apenas quatro horas de sono. Esse "supersoldado" deve estar sempre pronto para combater. O efeito dos novos medicamentos será baseado na aceleração do metabolismo.

Um outro superpoder do futuro exército é a chamada neuromodelação, ou seja, métodos de controlar o sistema nervoso humano para restabelecer as funções do organismo, anestesiar e aliviar os sintomas. Resumindo, ferimentos ou uma perda de um membro não devem parar um soldado.

Todas as dopagens militares não são inofensivas. Pelo menos, os medicamentos desse tipo conhecidos até hoje têm sérios efeitos colaterais, entre eles até doenças mentais. 

Levantar o moral dos militares através de vários suplementos não é uma ideia nova. Antes, os médicos usavam grãos de café ou coca. Nos anos da Grande Guerra pela Pátria (parte da Segunda Guerra Mundial limitada às hostilidades entre a União Soviética e a Alemanha nazista e seus aliados), os soldados soviéticos recebiam 100 ml de vodka. Nos países asiáticos até hoje são usadas drogas ligeiras para levantar o ânimo das tropas.

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Nos EUA até 1933 eram dadas anfetaminas aos militares para reforçar seu moral. A substância foi proibida após a operação Tempestade no Deserto, em 1991, quando mais de 65% dos pilotos usaram drogas e foram registrados casos de adição. Será que o número recorde de erros das tropas dos EUA na operação esteve ligado ao uso de drogas?

Várias vezes ex-militares norte-americanos processaram e testemunharam sobre o uso de substâncias proibidas no exército. Segundo os dados da organização Veteranos dos EUA, os soldados foram forçados a usar esses medicamentos para combater a depressão e acalmar-se, não podendo se recusar a tomá-los sem autorização do comando militar.

Em breve as anfetaminas, o ecstasy e a maconha seriam substituídas por substâncias de nova geração. Existem provas de que o Pentágono os está testando em humanos. Será que os norte-americanos se tornarão cobaias e serão submetidos a tais experimentos? Não obrigatoriamente. Segundo os dados dos hackers do grupo CyberBerkut, o Pentágono financiou a criação de 15 biolaboratórios na Ucrânia. Há também relatos que as mesmas atividades são realizadas na Geórgia e Cazaquistão. 

Elena Glischinskaya para o serviço russo da Rádio Sputnik

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