Em fevereiro de 2018, a empresa americana Lockheed Martin (produtora do F-35 Lightning II) e a britânica BAE Systems (do caça Eurofighter Typhoon) se tornaram os únicos participantes do concurso público de rearmamento da Força Aérea do Reino da Bélgica com caças-bombardeiros de nova geração.
Segundo as palavras de du Monceau, "a escolha de uma substituição para o F-16 [caça-bombardeiro que usado pela Força Aérea da Bélgica] não é inofensiva nem para a Bélgica, nem para o euro e a Europa".
"Para que escolher um avião completamente controlado pelos EUA [F-35], quando a Europa precisa urgentemente de uma política de inovações na indústria, de novas tecnologias e armamentos? Isso [é necessário] não só para manter os empregos no nosso continente, mas também, o que ainda é mais importante, para reforçar o ecossistema econômico que está na base da nossa moeda única — o euro", escreve o funcionário nas páginas do jornal Libre Belgique.
Trata-se da substituição dos caças F-16 usados pela Força Aérea da Bélgica desde o início dos anos 1980. Para comprar 34 caças-bombardeiros novos, o governo belga planeja gastar, segundo dados da mídia, cerca de 15 bilhões de euros (R$ 71,7 bilhões).
Em setembro de 2017, a desistência do concurso público de rearmamento da Força Aérea belga foi anunciada pela gigante americana de construção aeronáutica Boeing e pela empresa sueca Saab.
A França também abandonou o concurso depois de propor à Bélgica seu caça Rafale F3R da empresa Dassault em troca de "cooperação estrutural e profunda" na realização pela França e Alemanha do plano conjunto para criação até 2040 de aviões de combate de nova geração no contexto de desenvolvimento da defesa europeia.
De acordo com o que tinha afirmado o ministro da Defesa belga Steven Vandeput, a decisão final sobre a escolha do novo caça poderia ser tomada pelo governo da Bélgica até à cúpula da OTAN de 11 a 12 de julho. Contudo, a assinatura do contrato de fornecimento é esperada até o início de 2019.