O relatório foi analisado pelo observador militar da revista norte-americana The National Interest, Dave Majumdar.
"A época unipolar está chegando rapidamente ao fim, já que tanto a Rússia como a China se apresentam forças cada vez mais capazes […] Hoje em dia, a Força Aérea dos EUA deve atender às exigências de combate potenciais e melhorar simultaneamente suas capacidades contra grandes potências", segundo o relatório.
"Os generais tentaram suavizar o impacto negativo de tal ritmo sobre o pessoal e equipamento, mas as soluções eram temporárias. Agora a Força Aérea norte-americana está a ponto de ruptura", destacou.
De acordo com o relatório, embora a chefia do ramo venha falando cada vez mais ativamente sobre problemas com a prontidão, causados pela sobrecarga e falta de financiamento das Forças Armadas, não se prevê uma redução da pressão sobre a Força Aérea.
Os investigadores estudaram quatro cenários prováveis que permitem estimar as capacidades da Força Aérea dos EUA. Dois deles estão relacionados ao tipo da Guerra Fria, enquanto o terceiro pressupõe ações de imposição de paz e o último – a luta contra o terrorismo.
Assim, os caças demonstraram a maior eficácia, atendendo a 93% das exigências em três cenários e 64% no restante. As aeronaves da classe C3ISR/BM (comando, controle, comunicação, inteligência e vigilância) se mostraram como as menos seguras em todos os quatro cenários, tendo atendido 84% em um tipo de operações e de 29 a 63% nos outros três.
O relatório destacou que, embora os aviões de reabastecimento se demonstrem como altamente seguros em três cenários, tendo atendido a 90% das exigências, estes aviões cumprem somente 32% dos requisitos em operações de imposição de paz.
O estudo do RADN mostrou também que uma pior prontidão para combate da Força Aérea dos EUA poderá resultar em conflitos duradouros.
O autor da matéria conclui que, além da necessidade de ampliar o ramo, deve haver mais investimentos, já que "com as forças de hoje, suportar até mesmo o ritmo atual de operações virará em breve impossível".