O documento é assinado pelo Grupo de Trabalho Patrimônio Cultural e pelo colegiado da Câmara de Meio Ambiente e Patrimônio Cultural do MPF (4CCR).
"A perda é irreparável e a falta de estabelecimento de prioridades das políticas públicas na área cultural afetam não somente o Brasil mas toda a humanidade. A reconstrução do seu prédio apenas preservará o referencial arquitetônico daquele monumento, mas jamais os tesouros que compunham seu acervo", diz o comunicado divulgado pela Secretaria de Comunicação Social da Procuradoria-Geral da República. "O Ministério Público Federal, nesse primeiro momento, preocupa-se com o necessário isolamento do local, com o resgate dos poucos bens culturais que possam ter se salvado das chamas, para que não sejam alvo de pilhagens, fato infelizmente muito comum após desastres relacionados com o patrimônio cultural. Nesse sentido, solicitou a atuação da Polícia Federal e está em contato com o Corpo de Bombeiros e com a direção do museu."
Durante participação em um evento das Nações Unidas no Rio de Janeiro, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, também lamentou o ocorrido, afirmando que o Brasil está de luto após essa enorme perda para o patrimônio cultural do país e mundial.
"Que essa tragédia desperte a urgência de preservar a memória", disse Dodge. "Sem memória, perdemos referências e corremos o risco de repetir erros ou de não compreender a escala positiva de nossos avanços".