Tais bactérias surgiram nas últimas décadas e se espalharam globalmente, revelou a revista Nature Microbiology na segunda-feira (3).
"Muitas vezes apenas coloniza a pele", disse o pesquisador Ben Howden, citado pela ABC News Austrália. "Isso não necessariamente causa a infecção. Mas, em um número menor de pessoas, pode causar uma infecção grave e invasiva, exigindo tratamento complexo."
"Realmente há essa bactéria que está se espalhando em hospitais em todo o mundo, [e que se manteve] um tanto quanto desconhecida por muitos anos", disse Howden, adicionando que "isso é apenas mais um exemplo do uso de antibióticos que levam as bactérias a se tornarem mais e mais resistentes".
O cientista também ressaltou que a bactéria pode ser mortal e muito difícil de erradicar, podendo causar infecções realmente graves, principalmente em "pacientes que já estão muito doentes no hospital".
A prescrição inadequada de antibióticos em unidades de terapia intensiva pode "ter conduzido a evolução desse organismo, antes banalizado como contaminante, a infecções potencialmente incuráveis", concluiu o estudo.