Quem é o principal 'cavaleiro' do apocalipse climático?

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O Ministério dos Recursos Naturais e Ecologia da Rússia explicou quais ameaças climáticas o país pode vir a enfrentar. O editor-chefe da revista Ecologia e Vida, Aleksandr Samsonov, afirmou ao serviço russo da Rádio Sputnik que a situação é alarmante.

O Ministério dos Recursos Naturais e Ecologia russo, no relatório anual dedicado à preservação ambiental, revelou quais ameaças climáticas a Rússia pode vir a enfrentar, comunica jornal Kommersant.

Os autores do documento ressaltam que os ritmos do aquecimento global na Rússia são maiores do que a média mundial. No período de 1976 a 2017, o aumento da temperatura média anual em dez anos correspondeu a 0,45 °C contra a média mundial de 0,18 °C.

Segundo o relatório, somente em 2017 a Rússia sediou 907 desastres naturais‎, 378 dos quais provocaram danos irreparáveis.

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O projeto apresenta a previsão de "possíveis danos" por causa das mudanças climáticas no país. No sul da Rússia e no sul da Sibéria se espera uma diminuição do volume de água nos rios de planície, que causará uma "redução da disponibilidade de água à população e da economia".

Muitas regiões russas estarão ameaçadas de secas severas, influenciando negativamente agricultura.

As mudanças de temperatura e humidade provocarão "envelhecimento" rápido de prédios, rodovias e ferrovias.

Entre as consequências possíveis o ministério nomeia também o aumento de mortalidade e incidências de doenças, bem como esgotamento dos recursos florestais.

O editor-chefe da revista Ecologia e Vida, Aleksandr Samsonov, revelou ao serviço russo da Rádio Sputnik que a situação é alarmante.

"Em dez anos, já aconteceu um aquecimento de 4,5 graus no território da Rússia, que é um índice significativo. No mundo, cada grau de aumento de temperatura dá uma contribuição de 5% para mortalidade. Em se tratando de termos apocalípticos, o ‘cavaleiro' principal é a subida do nível do mar. Trata-se de um momento sério tanto para a comunidade mundial como para a Rússia", destaca o ecólogo.

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Segundo ele, mais de 50% do território russo é coberto por gelo permanente, mas a contribuição principal no nível do mar é dada pelo gelo continental, cujo degelo intensivo é um assunto que deve ser discutido.

"Seria possível existência de um programa global de preservação do gelo. Medidas já estão sendo tomadas e trata-se da luta por energia renovável. A matadora mundial ‘curva de Keeling' corresponde ao aumento de CO2 no mundo. Energias renováveis já permitiram interromper bruscamente emissão e estabilizá-la", conclui Aleksandr Samsonov.

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