Salvini, que teve rusgas com a União Europeia (UE) enquanto pressiona contra a imigração, manteve conversações com o polêmico ex-assessor do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na sexta-feira, ao lado do chefe de um pequeno partido de extrema direita da Bélgica.
Em comentários sobre a reunião, Salvini disse neste sábado que as eleições do ano que vem para o bloco são uma chance de "mudança histórica e a última oportunidade de salvar a Europa".
"Estamos trabalhando para ser o principal grupo parlamentar europeu e esquecer essa triste parábola socialista que trouxe desemprego e insegurança", acrescentou ele, à margem de um fórum político e econômico na cidade de Cernobbio, no norte do país.
O parlamentar holandês de extrema-direita Geert Wilders, que também esteve na conferência de Cernobbio, afirmou que a ira alimentada pela imigração para a Europa era uma oportunidade.
"As chances de partidos como nós e a combinação de forças serão historicamente mais fortes nos próximos anos na Europa", completou.
Bannon tem sido cada vez mais visível na Europa nos últimos meses, divulgando planos para uma fundação baseada em Bruxelas chamada "O Movimento", para desencadear uma revolta populista de direita em toda a região.
"Este será o momento para os populistas assumirem o poder", comentou Bannon em recente entrevista ao jornal The New York Times.
Seu objetivo, ele disse, não é tanto ganhar a maioria dos legisladores, mas ter populistas suficientes para "comandar por negação".
Em uma entrevista ao site norte-americano Daily Beast em julho, Bannon declarou que manteve conversas com grupos de direita em todo o continente, do britânico Nigel Farage e membros da Frente Nacional de Marine Le Pen, ao oeste com o húngaro Viktor Orban.