Durante o depoimento, o agressor afirmou que pretendia "dar uma resposta, um susto" ao candidato do PSL, acrescentando que se sentiu ameaçado pelo discurso de Bolsonaro.
"Eu, como milhões de pessoas, pelos discursos da pessoa referida [Bolsonaro], me sinto ameaçado literalmente, como tantos milhões de pessoas. Aquela certeza de que cedo ou tarde ele vai cumprir aquilo que está prometendo tão veementemente pelo país todo, contra pessoas como eu exatamente", disse Adélio Bispo de Oliveira.
O depoimento da audiência de custódia foi realizado na última sexta-feira (7) em Juíz de Fora. O vídeo foi divulgado nas redes sociais.
O agressor também chegou a admitir que cometeu o crime contra Bolsonaro por motivações religiosas e políticas. Ao ser questionado pelos advogados de defesa se toma medicamentos psiquiátricos, ele afirmou que já tomou remédios pesados, mas não tem tomado recentemente.
“Já tomei diferentes tipos de remédios controlados. Tem um, que não me recordo o nome, que é extremamente forte e derruba em menos de 15 minutos. Também fiz uso do Pamelor 50 [antidepressivo], que é mais brando. Fiz uso de um terceiro que não me lembro mais, mas não estou fazendo uso regular neste momento. Faz um bom tempo que não visito o médico”, disse o autor do atentado", afirmou o agressor.