Nos últimos anos, sete empresários norte-americanos do Vale do Silício adquiriram bunkers de 150 toneladas, que foram transportados para a Nova Zelândia e enterrados lá, informa Olivia Carville, colunista da Bloomberg.
O isolamento, antes considerado obstáculo ao desenvolvimento econômico do país, está ativando a economia, assinala a colunista. Assim, estrangeiros podem comprar permissões de residência na Nova Zelândia ao conseguir um visto para investidores.
É necessário gastar 6,7 milhões de dólares (R$ 27,6 milhões) em três anos. Por isso empresários norte-americanos compram em muitas ocasiões mansões, inundando a Nova Zelândia com dinheiro, destaca Carville.
Segundo estimativas, no ano fiscal de 2017 houve 17 solicitações dos EUA para obter visto. A colunista comenta que, depois da eleição de Donald Trump à presidência, o número de solicitações cresceu significativamente.
Gastando milhões de dólares em imóveis neozelandeses para adquirir "a permissão de residência", americanos parecem estar conseguindo o que planejam.
"Se perguntar Google, dirá que é a Nova Zelândia. É conhecida como a última parada antes da Antártida. Muita gente me disse que queria ter imóvel na Nova Zelândia", comentou o primeiro-ministro.
A colunista encontra a origem desse desejo de se refugiar na cultura norte-americana que começou durante a Guerra Fria, quando crianças eram treinadas a se agachar e se cobrir para se proteger de ataques. Esta guerra gerou cultos religiosos apocalípticos e outras profecias.
"O que diferencia o Vale do Silício é que se divertem com o terror do fim do mundo tendo como pôr em ação os planos elaborados", opina Carville.
Afinal, a Nova Zelândia poderia não ser o lugar idôneo para se refugiar de um possível apocalipse. Segundo Robert Vicino, produtor de bunkers, comprados por milionários, caso um asteroide caia no Pacífico, a ilha seria completamente alagada.