O programa de construção de novos porta-mísseis estratégicos foi previamente estimado em US$ 120 bilhões (R$ 499 bilhões), com o primeiro dos 12 submarinos devendo entrar em serviço da Marinha dos EUA em 2028, segundo o relatório apresentado ao Congresso.
Uma das características do novo submersível é seu reator nuclear que não necessita de "reabastecimento" por toda a sua vida útil (cerca de 42 anos).
Espera-se que os Columbia substituam gradualmente os submarinos da classe Ohio, que estão em serviço há mais de trinta anos. Agora, há cerca de quinze deles na Marinha, cada um com capacidade de transportar 24 mísseis balísticos intercontinentais.
Apesar do alto custo, o projeto tem tido pouco sucesso. Na primeira etapa da construção, foram detectados defeitos na soldagem das juntas dos lançadores de mísseis, o que pode interromper o programa de produção, vital para o país em termos de dissuasão nuclear, relata a Defense News.
Outro projeto extremamente caro foi o do porta-aviões Gerald Ford, que deveria entrar em serviço em 2019, mas, devido a falhas permanentes de vários sistemas e equipamentos, viu o prazo prorrogado para 2022.
Segundo o especialista militar Alexei Leonkov, os problemas com a qualidade do equipamento militar americano surgiram como resultado da fusão do complexo militar-industrial e do Pentágono no período de 1991 até o início dos anos 2000.
Problemas frequentes e defeitos na produção indicam uma baixa qualificação dos especialistas e, possivelmente, motivação insuficiente. Outro fator que afeta a qualidade dos armamentos é a ausência nos Estados Unidos de um conceito como "testes de aceitação de armamentos".
Ao contrário dos americanos, a Rússia leva muito a sério todo o processo de produção e desenvolvimento de suas armas. Os armamentos com defeitos não chegam às tropas e, no caso de serem identificadas falhas, os responsáveis são duramente punidos.
Na Rússia é prestada especial atenção à produção de armamentos estratégicos. Assim, as Frotas do Norte e do Pacífico estão agora ativamente se rearmando com submarinos nucleares do projeto Borey, que entrarão em serviço da Marinha até 2020, além de beneficiarem de vários outros programas.
Nikolai Protopopov para a Sputnik.