O Ministério das Relações Exteriores da Rússia declarou nesta quinta-feira que Londres mentiu ao afirmar que os nomes dos "suspeitos" no caso Skripal eram fictícios. O ministério observou ainda que as acusações de Londres de que os dois homens mentiram em entrevista concedida à imprensa eram inaceitáveis.
"Descobriu-se que o lado britânico estava mentindo sobre o fato de que não existem tais pessoas, que seus nomes são fictícios. Essas pessoas existem, como todos nós vimos hoje, e os nomes não são fictícios. E eles nós disseram sobre o que aconteceu com eles", disse a representante da chanelaria russa, Maria Zakharova.
"Infelizmente, é o que já esperávamos… A polícia expôs muito claramente as provas contra esses dois homens. Eles são homens procurados e tomamos todas as medidas para garantir que eles sejam detidos e levados à justiça no Reino Unido se pisarem fora da Rússia".
Comentando a entrevista dada por Petrov e Boshirov à RT e Sputnik no início do dia, o Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido afirmou que ainda considera os dois homens como agêntes da inteligência militar da Rússia, apesar das suas negações.
"A Polícia identificou esses homens como os principais suspeitos em relação ao ataque em Salisbury. Para o governo está claro que esses homens são oficiais do serviço de inteligência militar russo — o GRU — que usou uma arma química ilegal e devastadoramente tóxica. Pedimos repetidas vezes à Rússia que prestasse contas do que aconteceu em Salisbury em março. Hoje — como vimos — eles responderam com ofuscação e mentiras ", dizia a declaração de Londres.
A Polícia Metropolitana divulgou as imagens dos supostos agressores, alegando que eles eram oficiais da inteligência militar russa.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia rejeitou as acusações e disse que os nomes e fotos dos suspeitos não provavam que eles tinham ligações com agências de inteligência militares russas.