O presidente venezuelano vai em busca de acordos econômicos com os chineses após anunciar medidas que pretende adotar para tentar retomar a economia da Venezuela. "Avançar nos novos acordos de associação estratégica no campo econômico, comercial, energético, financeiro, tecnológico", disse Maduro no aeroporto internacional à televisão.
"A América Latina é conhecida historicamente como uma zona de influência dos Estados Unidos. A China nessa busca de se tornar o principal potência do mundo necessariamente está entrando na zona de influência do Estados Unidos, mas não de uma maneira militar, mas de uma maneira comercial", afirmou.
"Uma das razões principais dessa viagem é justamente um novo empréstimo junto a China de 5 bilhões de dólares. A Venezuela consegue o dinheiro que precisa e também consegue pagar esse dinheiro com o que ela tem para oferecer, que é o petróleo. esse empréstimo será pago em petróleo", comentou.
Outro significado da viagem de Maduro para a China é também mandar um recado para a oposição venezuelana que tenta tirá-lo do poder.
"Ele tenta mostrar para oposição venezuelana que tem um aliado de peso, que é a China. Com certeza [a viagem] tem a ver com ligações militares, transferência de armamento, tecnologia do campo militar, justamente para manutenção do Maduro. Porque hoje em dia o Maduro só se mantém no poder porque a alta cúpula militar do país está com ele, se não fosse por isso ele teria caído do poder", completou.