Analista: China tenta diminuir influência dos EUA na América Latina através de Maduro

© AFP 2023 / ANDY WONG / POOL Presidente chinês Xi Jimping e o presidente venezuelano Nicolás Maduro antes de encontro bilateral em Pequim, China, 7 de janeiro de 2016
Presidente chinês Xi Jimping e o presidente venezuelano Nicolás Maduro antes de encontro bilateral em Pequim, China, 7 de janeiro de 2016 - Sputnik Brasil
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, embarcou para uma visita de Estado a China nesta quarta-feira (12) e anunciou que esta reunião "elevará a relação entre os dois países".

O presidente venezuelano vai em busca de acordos econômicos com os chineses após anunciar medidas que pretende adotar para tentar retomar a economia da Venezuela. "Avançar nos novos acordos de associação estratégica no campo econômico, comercial, energético, financeiro, tecnológico", disse Maduro no aeroporto internacional à televisão.

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André Luíz Coelho, professor de Relações Internacionais da UniRio e especialista em políticas latino americanas, disse que a China busca disputar a América Latina com os Estados Unidos e ficar ainda mais influente na região.

"A América Latina é conhecida historicamente como uma zona de influência dos Estados Unidos. A China nessa busca de se tornar o principal potência do mundo necessariamente está entrando na zona de influência do Estados Unidos, mas não de uma maneira militar, mas de uma maneira comercial", afirmou.

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Maduro não especificou quantos dias vai ficar na China. Segundo André Luiz Coelho, é possível que Maduro tente conseguir outro empréstimo com os chineses.

"Uma das razões principais dessa viagem é justamente um novo empréstimo junto a China de 5 bilhões de dólares. A Venezuela consegue o dinheiro que precisa e também consegue pagar esse dinheiro com o que ela tem para oferecer, que é o petróleo. esse empréstimo será pago em petróleo", comentou.

Outro significado da viagem de Maduro para a China é também mandar um recado para a oposição venezuelana que tenta tirá-lo do poder.

"Ele tenta mostrar para oposição venezuelana que tem um aliado de peso, que é a China. Com certeza [a viagem] tem a ver com ligações militares, transferência de armamento, tecnologia do campo militar, justamente para manutenção do Maduro. Porque hoje em dia o Maduro só se mantém no poder porque a alta cúpula militar do país está com ele, se não fosse por isso ele teria caído do poder", completou.

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