No decorrer das manobras Vostok 2018, no polígono de Telemba, na república russa de Buriátia, os militares tiveram que derrubar objetivos de treinamento que imitavam "mísseis invisíveis", cujas características superam os análogos estrangeiros conhecidos, afirmou o comandante da 76ª divisão de defesa antiaérea, coronel Sergei Tikhonov, ao canal Zvezda.
Segundo ele, o comando decidiu não se limitar a mísseis de treinamento típicos.
"No ataque em massa convencional foram lançadas cópias especiais de mísseis de cruzeiro reais que são capazes de contornar o relevo", ressaltou o coronel.
O editor-chefe da revista Defesa Nacional, Igor Korotchenko, avaliou para o serviço russo da Rádio Sputnik os resultados dos exercícios.
"O sistema russo de defesa antiaérea e aeroespacial treinou em condições reais a busca e destruição de alvos convencionais que eram imitados com recurso a soluções furtivas. Pelo visto, foi colocada a tarefa de treinar o episódio de rechaço a um ataque de mísseis da classe Tomahawk, que voam a altitudes extremamente baixas com regime de contorno do relevo local", comentou o especialista.
Para ele, a tarefa foi cumprida com sucesso pelos sistemas modernos do complexo de defesa antimíssil russo. "Na área da elaboração de sistemas de defesa antimíssil nós estamos sempre à frente dos norte-americanos", destacou Igor Korotchenko, acrescentando que os exercícios mostraram que os sistemas de defesa aeroespacial russos são seguros e eficazes.